
Com as inscrições para o vestibular do Inteli abertas, essa é a pergunta que mais ouço. E a minha resposta frustra quem busca um simples “sim” ou “não”.
O debate sobre IA na educação muitas vezes cai numa polaridade inútil:
Os Apocalípticos: Querem proibir tudo, formando talentos “puros”, mas desconectados da realidade e das ferramentas que definem o mercado.
Os Ingênuos: Liberam geral, correndo o risco de formar meros “operadores de prompt”, com raciocínio crítico e fundamentos atrofiados.
Aqui no Inteli, nosso lema para o processo seletivo é “Entre teoria e prática, escolha os dois.” E isso dita nossa abordagem. A IA não muda os fundamentos do pensamento (Definir, Abstrair, Calcular, Interpretar), apenas acelera brutalmente o “Calcular”.
Por isso, a única resposta inteligente é a intencionalidade pedagógica. Criamos um framework que guia o uso da IA com base na competência que queremos desenvolver ou avaliar.

Quando proibimos?
Em etapas síncronas onde o objetivo é avaliar o raciocínio lógico fundamental. Se você não sabe construir o alicerce do pensamento computacional sozinho, a melhor ferramenta do mundo não vai te salvar.
Quando estimulamos?
Em etapas assíncronas e, principalmente, nos nossos projetos (PBL). Aqui, esperamos que os alunos usem IA como um co-piloto para acelerar a ideação, a prototipação e a resolução de problemas complexos. O foco é a aplicação e o resultado, não a ferramenta.
A formação de profissionais para o futuro não cabe em respostas fáceis. Exige um design educacional corajoso e intencional.
E na sua organização, como essa tensão é gerenciada? Já existe um framework claro ou impera o “salve-se quem puder”?