Como formar times de tecnologia que entendem de negócios desde o início?

Descubra como alinhar tecnologia e negócios forma times de alta performance e impulsiona a inovação nas empresas na era da transformação digital.
Victor Machado
Victor Machado, Gerente de Growth no Inteli

A lacuna de comunicação entre as áreas de tecnologia e as unidades de negócio é um dos maiores entraves para a inovação e o crescimento nas organizações. Projetos tecnicamente brilhantes muitas vezes falham ou ficam aquém do seu potencial por um motivo simples: não estavam genuinamente alinhados aos objetivos estratégicos e às necessidades reais do cliente.

A solução não está em contratar mais profissionais de negócio, mas em formar equipes de tecnologia com fluência em negócios desde a sua concepção.

Na economia digital, a tecnologia deixou de ser um setor de suporte para se tornar transversal às organizações. Nesse cenário, as equipes de engenharia e desenvolvimento precisam transcender a função de meros executores de tarefas.

Times de alta performance são aqueles que compreendem o “porquê” por trás do código que escrevem. Eles questionam, propõem soluções mais eficazes e antecipam desafios, pois entendem o impacto de seu trabalho no P&L (Profit and Loss), na experiência do cliente e na posição competitiva da empresa.

Como alinhar tecnologia e estratégia nas organizações

Para cultivar esse perfil, é fundamental adotar uma abordagem estruturada. Metodologias que promovem a imersão, como a formação de squads multifuncionais permanentes, onde engenheiros, product managers e especialistas de negócio trabalham em conjunto diariamente, são essenciais. Além disso, os processos de capacitação devem ir além das habilidades técnicas, incluindo trilhas de desenvolvimento em finanças para não-financeiros, estratégia competitiva e design de produto.

Cases de sucesso no mercado demonstram que times com essa dupla fluência aceleram o time-to-market, aumentam o ROI de investimentos tecnológicos e geram uma cultura de inovação sustentável. A tecnologia passa a ser, de fato, uma parceira estratégica na busca por resultados.

Para sistematizar essa integração, podemos considerar três fatores:

Contexto: Garantir que cada projeto comece com uma clara exposição dos objetivos de negócio, métricas de sucesso e dores do cliente. A equipe técnica precisa de acesso direto a essa visão.

Capacitação: Implementar programas de formação contínua que unam competências técnicas com fundamentos de gestão, liderança e estratégia empresarial.

Colaboração: Estruturar rituais e processos que estimulem a interação e a co-criação entre tecnologia e negócio, quebrando silos físicos e organizacionais.

Ao formar profissionais e times que dominam tanto o código quanto o contexto, as empresas deixam de apenas desenvolver tecnologia e passam a construir vantagem competitiva. A verdadeira inovação nasce quando engenharia e estratégia falam a mesma língua.

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