
Neste episódio especial do InteliCast, recebemos três convidados que vivem a educação brasileira por dentro: Laís Carvalho (vice-diretora pedagógica da Beacon School), Helena de Salles Aguiar (diretora de planejamento do Colégio Bandeirantes) e Paulo de Camargo (jornalista e líder do Projeto Devir). Juntos, conversamos sobre o momento decisivo que o ensino médio enfrenta hoje, e sobre como a inteligência artificial, os modelos de avaliação e as escolhas de carreira estão pressionando esse ciclo a se reinventar.
Mais do que conclusões fechadas, o que surge da conversa é um diagnóstico compartilhado: o ensino médio se tornou um período de enorme dedicação e pouca clareza, em que estudantes e famílias carregam expectativas altas demais para um sistema que oferece caminhos estreitos demais. A IA, por sua vez, chega como acelerador dessas tensões, expondo a urgência de rever práticas de ensino, avaliação e formação docente.
Outro ponto forte que aparece é o equilíbrio entre o individual e o coletivo. A tecnologia abre portas para personalização, mas a escola continua sendo, essencialmente, um espaço de convivência, identidade e formação humana. A pergunta não é “como substituir o professor?”, mas sim “como fortalecer o papel do professor num mundo em que a IA é parte do cotidiano dos alunos?”.
E, ao fundo de tudo isso, permanece o grande dilema: como preparar jovens para profissões que ainda nem existem, quando o principal processo de ingresso no ensino superior segue preso a uma lógica de prova única, conteudista e altamente excludente?
É exatamente aí que entra o modelo do Inteli. O episódio reforça por que fazemos escolhas que fogem ao padrão:
- Projetos reais desde o primeiro ano, para que o aluno aprenda resolvendo problemas relevantes, e não apenas repetindo conteúdos.
- Uso intencional de IA, com momentos em que ela é ferramenta e momentos em que ela é proibida, sempre com clareza pedagógica.
- Avaliação que olha para o potencial e para a trajetória, não para a performance de um único dia.
- Formação humana como eixo central, porque pensamento crítico, colaboração e ética nunca foram tão necessários.
O vídeo completo traz um debate aberto, honesto e provocador, do jeito que a educação precisa ser se quiser acompanhar o mundo.
Vale assistir, refletir e continuar essa conversa em casa, na escola e na comunidade.